domingo, 25 de setembro de 2011

Smurfs, Across the Universe e um pouco de cinema.

Tenho resistido a assistir filmes, mas os últimos livros que tenho lido me gritam: ISTO DARIA UM FILME.
Vejamos:
1) "Os dentes da memória", de Renata d'Elia e Camila Hungria: entrevistas com autores paulistas que eu gostaria de ver filmadas. Fácil de encontrar.
2) "Dentes ao Sol", este, penso que sairia melhor das mãos de Fernando Meirelles, o genial (não menos que isso) autor de Blindness/Ensaio sobre a cegueira. Hoje, penso que só Meirelles poderia construir aquela atmosfera de sonhos do livro, imperdível, de Ignácio de Loyola Brandão.
3) "O enterro da Cafetina", de Marcos Rey. Este, nas mãos de André Okuma, com produção minha... ehehehe.
4) "Ego Trip", de Roberto Bicelli. Sai agora, dia 3 de Outubro. Lançamento em Higienópolis, mas eu e a internet inteira divulgaremos o endereço.
5) "Memórias de um Gigolô", também de Marcos Rey. Este, se não me engano, já virou filme. Ok. Inclusive, fez-me pensar no ótimo filme "Noite Vazia", um dos meus preferidos, de Walter Hugo Khoury.

Ainda assim, não engano ninguém. Fui ao Olido, mas acabei mesmo foi vendo os Smurfs. Tanta ternura. Gostei da adaptação, forçada em parte no quesito tributo com as repetidas referências ao autor da série em quadrinhos, Peyo.

Para pessoas sem coração, Smurfs - ou Stroumphs - são personagens de quadrinhos criados pelo desenhista belga Peyo, se não me engano para serem publicados pela francesa PILOTE. De personagens secundários a protagonistas e depois a sucesso internacional na adaptação televisiva, e ainda como brinquedos e toda sorte de produtos licenciados esses personagens são caso "clássico" da comunicação de massas, além de seu apelo eficaz à fantasia. Vê-los na telona pode não dizer nada ao adulto que sou mas é reconfortante à criança que fui.

Finalmente, outro "mais ou menos". Se alguém tiver dúvida, "Across the Universe", baseado em canções dos Beatles, tem lá seus 2 minutos de cinema, não mais. Quem vir os "clipes" de Helter Skelter -  na segunda aparição, no filme - ou a cena em que aparecem os "strawberries" perfurados, como resposta às pessoas que dissessem que música pop e alienação política são sinônimos, provavelmente se esquecerá da tentativa frustrada de mostrar "personagens" tentando viver a "história por trás das canções" do grupo.

Além dos "vídeo-clipes", apenas as passagens pela cinzenta Liverpool (cinzenta no filme, até mesmo em contraste com as "cores" da época) fazem valer a pena assistir ao filme. Esse tom cinza, aliás, só  fez com que eu lembrasse e gostasse um pouco mais de Billy Elliot, ao qual é impossível não fazer menção, em uma das cenas mais bonitas de "Across the Universe", quando toda (?) Liverpool, aparentemente cansada pelos dias de trabalho, põe-se a cantar e a dançar nas ruas.

Bom.

Wagner Lopes Pires

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