quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Renata posta vídeos interessantes sobre poesia: Tadeu Jungle, Roberto Piva e Jairo Ferreira

Caros,

Deu um trabalhão, mas consegui subir no Youtube dois registros audiovisuais independentes paulistanos. São tão raros quanto experimentais. Ambos fazem parte do resgate que a gente fez no meu livro, "Os Dentes da Memória".  Vou reunindo tudo no meu blog e postando historinhas paralelas assim que possível. 

O primeiro é do Tadeu Jungle, uma das cabeças por trás da TVDO. "Herois da Decadensia" (sic) é de 1987, mistura Supla com Roberto Piva e D. Paulo Evaristo Arns. Prato cheio também em termos de linguagem audiovisual, pra quem não conhece ou quer rever.  

O segundo é um Super 8 do Jairo Ferreira, crítico de cinema e diretor, filmado num evento poético e multimídia muito louco criado pelo Roberto Bicelli para o lançamento de seu primeiro livro, em 1977. Tem leituras de Roberto Piva, Claudio Willer, e até do Eduardo Gianetti da Fonseca -- sempre candidato a uma vaga de Ministro da Fazenda --, que não quis dar entrevista pro nosso livro (heheheh). "Antes que eu me esqueça" também tem academia de sumô, música de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, e um negócio então muito moderno em São Paulo, chamado fliperama. 

Está tudo aqui: http://magiconsundays.blogspot.com/  Basta ir rolando a página um pouquinho pra baixo...

(Agora só falta banirem do Youtube por violação de direitos autorais de gente que sequer está ganhando dinheiro com isso...)

beijos,
RENATA

Nesta segunda: Roberto Bicelli lança Ego Trip no Shopping Higienópolis!

anotem, please: próxima segunda-feira, dia 3 de outubro, das 19 às 22, no shopping higienópolis, livraria da vila, piso pacaembu.
atenção: shopping higienópolis, não confundam com outras sedes da mesma livraria. rsss
claro que estaremos juntos nessa trip.  como bom virginiano, lembro que inúmeros são os motivos para não se ir.  para ir só dois: amizade
e, se der certo, uma leitura boa pra metrô, ônibus, avião, banheiro, trânsito parado, sala de espera, insônia, praia, calço de porta, amores novos, amores perdidos, up grade sexual e o que mais um livro possa provocar, inclusive o tédio.
bjs e até lá.


r.bicelli

domingo, 25 de setembro de 2011

Smurfs, Across the Universe e um pouco de cinema.

Tenho resistido a assistir filmes, mas os últimos livros que tenho lido me gritam: ISTO DARIA UM FILME.
Vejamos:
1) "Os dentes da memória", de Renata d'Elia e Camila Hungria: entrevistas com autores paulistas que eu gostaria de ver filmadas. Fácil de encontrar.
2) "Dentes ao Sol", este, penso que sairia melhor das mãos de Fernando Meirelles, o genial (não menos que isso) autor de Blindness/Ensaio sobre a cegueira. Hoje, penso que só Meirelles poderia construir aquela atmosfera de sonhos do livro, imperdível, de Ignácio de Loyola Brandão.
3) "O enterro da Cafetina", de Marcos Rey. Este, nas mãos de André Okuma, com produção minha... ehehehe.
4) "Ego Trip", de Roberto Bicelli. Sai agora, dia 3 de Outubro. Lançamento em Higienópolis, mas eu e a internet inteira divulgaremos o endereço.
5) "Memórias de um Gigolô", também de Marcos Rey. Este, se não me engano, já virou filme. Ok. Inclusive, fez-me pensar no ótimo filme "Noite Vazia", um dos meus preferidos, de Walter Hugo Khoury.

Ainda assim, não engano ninguém. Fui ao Olido, mas acabei mesmo foi vendo os Smurfs. Tanta ternura. Gostei da adaptação, forçada em parte no quesito tributo com as repetidas referências ao autor da série em quadrinhos, Peyo.

Para pessoas sem coração, Smurfs - ou Stroumphs - são personagens de quadrinhos criados pelo desenhista belga Peyo, se não me engano para serem publicados pela francesa PILOTE. De personagens secundários a protagonistas e depois a sucesso internacional na adaptação televisiva, e ainda como brinquedos e toda sorte de produtos licenciados esses personagens são caso "clássico" da comunicação de massas, além de seu apelo eficaz à fantasia. Vê-los na telona pode não dizer nada ao adulto que sou mas é reconfortante à criança que fui.

Finalmente, outro "mais ou menos". Se alguém tiver dúvida, "Across the Universe", baseado em canções dos Beatles, tem lá seus 2 minutos de cinema, não mais. Quem vir os "clipes" de Helter Skelter -  na segunda aparição, no filme - ou a cena em que aparecem os "strawberries" perfurados, como resposta às pessoas que dissessem que música pop e alienação política são sinônimos, provavelmente se esquecerá da tentativa frustrada de mostrar "personagens" tentando viver a "história por trás das canções" do grupo.

Além dos "vídeo-clipes", apenas as passagens pela cinzenta Liverpool (cinzenta no filme, até mesmo em contraste com as "cores" da época) fazem valer a pena assistir ao filme. Esse tom cinza, aliás, só  fez com que eu lembrasse e gostasse um pouco mais de Billy Elliot, ao qual é impossível não fazer menção, em uma das cenas mais bonitas de "Across the Universe", quando toda (?) Liverpool, aparentemente cansada pelos dias de trabalho, põe-se a cantar e a dançar nas ruas.

Bom.

Wagner Lopes Pires