quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Grupo de relacionamentos Vida a dois: A beleza está nos olhos de quem vê?

Grupo de relacionamentos Vida a dois: A beleza está nos olhos de quem vê?: "Muitas vezes, nos deixamos levar por ilusões, quando entramos, sem nos darmos conta na loucura da 'comparação'. A pessoa se compara com o o..."

Lendo nos trilhos.

Tenho reparado a quantidade de livros presentes entre as estações das linhas Verde e Amarela, e até onde vou, na Zona Sul de São Paulo. As "Primeiras Histórias" do Guimaraens, Roland Barthes, mangás, livros de música, administração e outros fazendo companhia ao meu nada solitário "Dentes ao Sol", de Ignacio de Loyola Brandão. Legal.

Bom andar em boa companhia. Livros nos trilhos afinal de contas.
Abraços
Wagner.

Arcanjo Ianelli

Vai às pressas e de orelha. A exposição "Doação do Artista" presente na Pinacoteca do Estado, em São Paulo (Av. Tiradentes) trouxe obras pertencentes à própria pinacoteca, doadas do acervo de Ianelli. Se já seria uma experiência marcante observar essas telas, por que não compartilhar - e conferir - a informação de que elas farão parte do acervo permanente da casa?

Abraços.
Wagner Lopes Pires

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

Os dentes da Memória, de Camila Hungria e Renata d'Elia

"Os dentes da memória" chega às livrarias. É o livro de estreia das jornalistas Renata d'Elia e Camila Hungria que se dedicaram a um momento particularmente importante da literatura brasileira, o surgimento de uma geração de escritores, a Geração 60, a partir do relacionamento biográfico e estético de alguns de seus principais autores: Cláudio Willer, Roberto Piva, Roberto Bicelli e Antonio Fernando de Franceschi. É conhecida nossa/minha admiração e interesse pelo trabalho desses autores, o que torna ainda mais celebrada a chegada do livro.

Focalizando a relação de amizade entre estes personagens, Hungria e d'Elia fazem passar, por suas próprias vozes, algo do sabor e da aventura experimentados por jovens amigos que aprendiam uns com os outros, que compartilharam seus interesses e referências e mesmo colaboraram em diversos momentos da produção crítica ou artística uns dos outros, vivendo integralmente as experiências tidas como "marginais" enquanto inovaram o repertório poético da literatura nacional.

Piva e Willer chegaram a ser contados entre os escritores surrealistas, pela publicação do grupo surrealista francês, Bicelli antecedeu em muito o que ficaria depois chamado de "poesia marginal" seguindo o veio lírico-satírico de sua poesia, e Antonio de Franceschi viria a produzir a mais saborosa poesia "oriental" ou "filosófica" desde essa época, todos se confirmando como autores entre os mais importantes da literatura desde que apareceram para a literatura.

Há outros, não presentes no livro, deixando a dica para os próximos pesquisadores. O trabalho de d'Elia e Hungria dá um passo importante na direção da revalorização de uma geração literária que vem atraindo atenção e se consagrando como referência.

Lembremos: entre todas as revelações ou registros, ainda há uma seleção de fotos, reprodução de textos e documentos, confirmando o cuidado das autoras e a qualidade do trabalho da editora, a Azougue Editorial, que vem se esforçando para colaborar em muito para que essas informações e acervos sejam publicados. Pela mesma editora podem ser encontrados outros escritores da mesma geração, igualmente à espera de um estudo dedicado e de qualidade como foi o trabalho das jornalistas, neste "Os dentes da memória".