domingo, 2 de outubro de 2011

Preconceitos: um livro e dois filmes.

Há dois filmes dos quais eu nem faço muita questão que no entanto merecem menção: "Billie Elliot" e "Carne Trêmula". Pelos motivos errados, claro. "Billie Elliot" é um filme interessante, mas "Carne Trêmula", como tudo que Almodovar fez - que eu vi - com exceção de "Matador", é uma perda de tempo.

Então por que mencioná-los. Lembrei-me há poucos dias do Billie Elliot, personagem que aparentemente sem saber desafia o preconceito de que garotos não possam dançar. E o vence. Difícil não se comover com o empenho de seu pai, personagem que representa todos os estereótipos e os lança em dois golpes à lata de lixo.
Se um personagem devesse entrar em qualquer história do cinema como coadjuvante especial, este seria o pai de Billie Elliot.

Assistindo "Carne Trêmula", uma sucessão de bobagens, é difícil não pensar que a ONU deveria usá-lo para orientar pessoas que por algum motivo perderam a mobilidade. Há mais a comparar entre o policial interpretado por Javier Barden e o alter ego de Marcelo Rubens Paiva, no romance "Feliz Ano Velho", do que se pode pensar.

Ambos tratam sem dó nem pieguice do tema da readaptação de paraplégicos/tetraplégicos, o que faz com que pelo menos sejam olhados, filme e livro.

Ainda mais quando finalmente, e não sei o quanto, a cidade de São Paulo está escancarando a discussão sobre a acessibilidade. É isso.

Wagner..................

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