sábado, 15 de junho de 2013

Amor em Passeatas

Então foi dito que o amor é ouro, prata, violeta
De outono em canção violenta, desesperada
Foi dito que amor queima e arde, mas sem
Que se possa ver. O meu arde depois de feito,
Queima enquanto toca, prende-me o ar,
Tira-me o fôlego e segura o ruído, o grito
Do meu amor é um rio que corre pra dentro
Do peito, e força passagem como mil
Passeatas, corisca-me os olhos, muda de cor
O ambiente, e ruboriza as veias, artérias,
Ou foge, estudante disperso por bombas
De calor, pressiona buscando
Caminhos em todos os sentidos,
Torturado apenas pela espera
E sabemos que nós dois conhecemos
Por onde precisa correr, o meu amor,
Freudiano ou drummondiano, quem sabe,
Percorre avenidas por mil e mil cidades
E só se acalma em você, reivindicação
Do meu movimento, única causa,
Desejo de amar, de novo e de novo,
Na viva calma dos corpos, suados,
Aninhados em seus parceiros
Únicos companheiros, reunidos,
Individuados, completamente livres
Afinal. O teu amor é a bandeira
Com a qual prenuncio os dias vindouros

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